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Texto: Carlos Guimarães.
Fotos: Rui Podence.
Captação Vídeo: Carlos Guimarães e Rui Podence.
Edição Vídeo: Carlos Guimarães.

O segundo dia do Z Live abriu com três bandas espanholas: os Dawn of Extinction, Against Myself e Rise To Fall. O Rui Podence captou estas excelentes imagens das suas atuações:

Estavam já os Twilight Force no Cooper Stage quando finalmente cheguei ao recinto do festival, sediado no I.F.E.Z.A.. A primeira impressão foi logo muito positiva, especialmente pela forma como estavam distribuídas as diferentes secções do festival: palcos, lojas, restauração e bebidas. Tudo muito bem organizado e que permitia uma fácil deslocação pelo recinto.

Os Twilight Force animaram e bem o público com o seu Power Metal melódico e épico, fantasiando-se em palco como habitual de personagens influenciadas pelo mundo do Senhor dos Anéis. No alinhamento não faltaram os temas mais emblemáticos do grupo sueco como “Twilight Force”, “Flight of the Sapphire Dragon” ou, para terminar em beleza, “The Power of the Ancient Force”.

No Silver Stage atuariam os  The Black Dahlia Murder que abririam o seu alinhamento com “Verminous”. O ex-guitarrista Brian Eschbach assume bem a posição de frontman da banda depois de em 2022 ter falecido Trevor Strnad. Os norte-americanos desfilaram alguns dos temas mais representativos da sua já longa carreira e apresentaram ainda o seu novo single “Aftermath” que foi o primeiro avanço para o novo disco “Servitude” que sairá em setembro.

Também enquadrados no death metal melódico, embora numa vertente bem diferente, os Insomnium abriram logo a sua atuação com o tema-título do seu mais recente “1696”. A banda finlandesa conseguiu cativar os presentes com malhas como “Ephemeral”, “Witch Hunter” e “While We Sleep”.

Dando o toque mais progressivo a um cartaz eclético e heterogéneo, os Leprous deliciaram os seus fãs com mais uma demonstração do seu talento. No entanto, notou-se que o restante público já suspirava pelas bandas que se seguiriam. No set dos noruegueses houve ainda tempo para ouvirmos o novo tema “Atonement” e malhas como “Have You Ever?” ou “Castaway Angels”.

Sem dúvida uma das bandas mais aguardadas do dia, os Hammerfall mantêm uma forte legião de seguidores no nosso País vizinho. As atenções estiveram sempre viradas para Joacim Cans (voz) e Oscar Dronjak (guitarra), os dois membros que resistiram ao longo de todo o percurso da banda sueca. Abrindo com “Brotherhood”, seguiu-se alguns dos seus maiores êxitos como “Blood Bound”, “Renegade”, “Last Man Standing” ou “Let the Hammer Fall”. Tempo houve ainda para vermos e ouvirmos dois novos temas “End Justifies” e “Hail to the King”. Apesar de estarem longe do fulgor dos finais da década de noventa, os Hammerfall continuam sem dúvida a dar grandes concertos.

Os Kreator foram os cabeças de cartaz neste dia e tiveram perante si um recinto quase cheio de fãs ansiosos por os ver ao vivo. Arrancando com “Hate Über Alles”, “Phobia” e “Enemy of God”, no final deste tema surgiu uma explosão de fitas vermelhas que complementou a forte pirotécnica que acompanhou a banda em quase toda a atuação. Um sinal de adaptação aos novos tempos…

A voz de Mille Petrozza foi se cansando ao longo da atuação da banda germânica mas quando se tem no alinhamento temas como “Phantom Antichrist”, “Extreme Aggressions”, “Terrible Certainty” ou “Violent Revolution” isso torna-se quase irrelevante. Para o fim, os Kreator guardaram mais uma descarga de clássicos – “People of the Lie”, “Betrayer”, “Flag of Hate” e “Pleasure to Kill” – terminando assim em ambiente apoteótico.

Para encerrar este dia atuariam ainda os Annisokay, banda germânica de post-hardcore, e os espanhóis Vhäldemar, um dos nomes mais respeitados dentro do power metal do País vizinho.