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Texto: Rui Gonçalves 

Fotos: Edgar Silva

Tivemos na passada sexta-feira, dia 14 de junho um evento memorável do melhor death metal que se pratica aquém e além-fronteiras, desta feita no RCA Club em Lisboa.

Quando as bandas dão tudo e presenteiam o público presente com um espetáculo avassalador, frenético e intenso, temos tudo para tornar este evento em uma noite inesquecível! Desta vez, faltou apenas uma casa cheia para dar o devido retorno á irrepreensível prestação de todas as bandas!

Para abrir as hostilidades tivemos os Ruttenskalle com o seu inconfundível death metal da velha-guarda de fortes influências Suecas. A banda foi formada em 2020 e é constituída maioritariamente por membros da margem sul do Tejo. Trata-se de uma banda relativamente recente mas que revela uma maturidade, identidade e solidez sonora fora de série.

Com uma prestação intensa e irrepreensível a banda para além de alguns temas do trabalho de estreia, apresentou o demolidor novo Split/EP “Disgorged Exsanguination”  de onde se destacaram musicas como “Destroyer of Flesh” que deu inicio à atuação, “Chaos” ou o trio demolidor “Murderous Desire”, “Ritual of the Dead” (tema do videoclip) e “Blood Soaked Cunt” que terminou da melhor maneira a prestação da banda com o vocalista a descer ao mosh-pit para aquecer o ambiente e com o publico a aderir ao seu chamamento!

Uma atuação avassaladora que não deixou ninguém indiferente, revelando um futuro promissor para esta grande banda Nacional, mais uma, cheia de qualidade e com uma sonoridade pouco habitual em Portugal!

Fundados no ano 2000 a banda que se seguiu dispensa qualquer tipo de apresentação! Os lisboetas Bleeding Display são autênticos colossos do brutal death metal nacional e a comprovar isso tivemos mais uma prestação frenética e intensa destes Senhores nesta grande noite de death metal!

A banda destacou e apresentou o mais recente trabalho “Dawn of a Killer”  de onde sobressaíram músicas como “The Nightstalker” que abriu a prestação sempre enérgica da banda. Seguiram-se temas como “Basement Torture Killing”, “The Skin”, “Green River Killer”, “213” ou “The Gray Man”.
A banda não esqueceu clássicos como “Dark Passenger”, “Killing Spree” ou “Remains to be Seen” do álbum “Deviance” que fizeram as delicias dos adeptos deste brutal e autentico banho de sangue liderado pelo demoníaco e incansável Sérgio “Homem do Machado” Afonso!

Bleeding Display provaram mais uma vez que são uma daquelas bandas que nunca desiludem e dão tudo em palco… Foi o que se sentiu e ficou mais uma vez bem cravado na memória de todos presentes… poucos (para o que esta grande noite merecia) mas bons!

Os titãs e reis do death metal Norueguês Blood Red Throne foram os cabeças-de-cartaz desta noite inesquecível no RCA Club! Diz quem lá esteve que foi um dos melhores concertos de death metal que tinham memória devido à entrega total das bandas, sem exceção dos enormes e muito bem-dispostos veteranos Blood Red Throne!
A mítica banda fundada em 1998 deu tudo e destilou do melhor death metal que se faz nos dias de hoje… puro e duro, sem compromissos!
A banda apresentou com destaque o novo trabalho “Nonagon” de onde sobressaíram músicas como “Epitaph Inscribed” com a qual iniciaram a colossal prestação, “Every Silent Plea” ou “Tempest Sculptor ”. Sem um segundo para respirar a banda arrasava com malhas como “Itika”  ou “The Light, The Hate”de puro e implacável death metal!
Durante a atuação a banda não se esqueceu grandes clássicos como “Unleashing Hell”, o frenético tema de abertura do excelente trabalho “Affiliated with the Suffering” ou “Smite” e “Mephitication” do álbum “Altered Genesis”  com a qual esta grande banda que conta com mais de 25 anos de história terminou a memorável atuação, com tempo ainda para o vocalista fazer stage-diving e levar ao rubro as hostes metaleiras mais inquietas desta noite!

Uma valente Xapada do melhor death metal foi o resultado de mais uma noite inesquecível! Parabéns a todas a bandas presentes e à promotora por apostar no melhor death metal que se faz por cá e lá fora e proporcionar um evento memorável como este! Só faltou realmente, como mencionei, uma casa cheia para dignificar a verdadeira magnitude deste concerto!

Quem faltou… nem sabe o que perdeu… para variar!!